terça-feira, 10 de abril de 2018

Grandes Nomes das HQs - Chris Claremont



Muitos Roteiristas e Desenhistas passaram pelas histórias em quadrinhos por mais de 70 anos! Trazendo-nos contos inimagináveis cheios de ação e aventura que nos fizeram viajar por toda a galáxia, divertiram nossa infância e continuam em nossos corações até os dias de hoje.


Aqui nesta sessão do Aga-Kê você vai conhecer alguns dos nomes que foram dos grandes responsáveis pelas histórias mais incríveis da Nona Arte, e que nós tanto amamos!

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Chris Claremont


Grande responsável pela mega-popularização dos X-Men, escreveu o titulo por quase 20 anos, antes de sair da Marvel devido a conflitos com os editores. Criador entre outras coisas como "A Saga da Fênix Negra", uma das mais emblemáticas do grupo, Claremont apostava principalmente na dinâmica entre os personagens  para conduzir suas tramas,  hoje seus imensos diálogos e recordatórios podem parecer datados, mas para ele cada ação devia ser justificada com uma reflexão do personagem, que no futuro  era usado (a maioria ao menos) para construção da trama. Criou também inúmeros personagem como Vampira, Gambit e Dentes de Sabre.

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Breve Biografia


Christopher S. Claremont (nascido em Londres, 30 de novembro de 1950) é um roteirista conhecido principalmente por sua fase de 16 anos (1975-91) escrevendo HQs dos “X-Men”, os populares super-heróis mutantes da editora Marvel. O estilo que concebeu para aquele gibi se tornou referência para as histórias de equipes de super-heróis desde então. Claremont também tem por característica criar personagens femininos “poderosos”, na linha feminista politicamente correta.

Sua carreira começou em 1969, quando contratado pela Marvel como assistente editorial. Sua primeira HQ foi o n° 59 de “X-Men”, onde foi co-autor do argumento (”plot”). Claremont assumiu definitivamente os roteiros de “X-Men” em 1975 (e não 1976, como informam algumas fontes). Ao pegar o posto, ele logo mudou alguns aspectos de um dos heróis, Wolverine, retratando-o como um sujeito mais velho e com um passado nebuloso. Mas teve a sorte de ter como parceiro o desenhista John Byrne. O ápice da parceria aconteceu na edição 137 (setembro de 1980), com a morte da heroína Fênix, resultado do episódio “A saga da Fênix Negra”. O desfecho causou mal estar na redação. A dupla não pretendia matar Fênix, mas o fizeram quando o editor Jim Shooter pediu pra deixá-la presa em um planeta qualquer sofrendo torturas. “Chris, você pode até pensar que os X-Men são seus filhos, mas o fato é que os donos da Marvel deixaram os personagens sob a minha responsabilidade”, bronqueou Shooter. Mesmo cheia de desavenças, a dupla Claremont-Byrne ainda produziu um último bom episódio em duas partes: “Dias de um Futuro Esquecido”. Mesmo sem Byrne, a badalação em cima dos personagens aumentava, e os X-Men se tornam os campeões de vendas do mercado, destronando até o popularíssimo Homem-Aranha.

Em 1991 Claremont deixou a Marvel devido a mais de um conflito criativo com os editores.

Em 2000 ele voltou para a Marvel para escrever as revistas Uncanny X-Men e X-Men, passando em seguida para X-treme X-Men. Quando essa foi cancelada voltou para Uncanny X-Men.

Claremont também escreveu uma trilogia de livros de ficção científica sobre uma piloto de naves chamada Nicole Shea. Chamam-se First Flight (1987), Grounded! (1991), e Sundowner (1994).

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Personagens

Claremont co-criou muitos dos personagens mutantes da Marvel, para a alegria desses fãs; entre eles “Vampira”, “Lince Negra”, “Fênix”, “Dentes-de-Sabre” (na revista do personagem “Punho de Ferro”), “Mística”, “Emma Frost”, “Rachel Summers”, “Senhor Sinistro”, “Capitão Bretanha” e “Gambit”.


Questionado sobre a razão pela qual Wolverine é tão amado pelo público, Claremont foi claro:


"Ele é um bad boy. Todo mundo adora um bad boy."


O criador refere como a sua personalidade está dividida em dois lados opostos: caos total e ordem absoluta. Claremont fala de como ele nunca consegue encontrar um equilíbrio entre os dois lados da sua personalidade complexa mas, apesar do passado complicado do personagem, ainda há esperança.


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Viés Ideológico


Chris Claremont é considerado por muitos como o pai dos X-Men. O roteirista escreveu as páginas de Uncanny X-Men durante 16 anos, definindo os mutantes que conhecemos hoje.

É impossível falar de X-Men sem levar em conta a sua mensagem de luta contra a descriminação e a celebração do único e diferente. Chris Claremont foi o roteirista que desenvolveu essa mesma mensagem de esperança dentro da equipe de mutantes. Como o próprio explicou, as suas contribuições ao time original foram uma forma de promover a diversidade para levar o time a novos desafios.

Claremont estudou Teoria Política na Bard College, nos Estados Unidos, e a sua paixão pela área é algo evidente no seu trabalho. Quando questionado sobre o impacto que isso teve na sua carreira, o roteirista enumerou vários choques no sistema social e político dos seus anos de formação: assassinato do presidente John Kennedy, de Martin Luther King e mesmo o massacre na Universidade de Kent State, entre outros.

O conceito de ser fora do mainstream e tentar se encaixar… Primeiro, é uma questão de tentar que eles se encaixem entre si. Como é que os 5 vão se juntar em uma equipe, talvez até evoluir para uma família? Especialmente quando um dos membros é Wolverine que não é alguém que faz isso com facilidade. E basicamente isso se tornou a metáfora para a ideia maior de tentar encaixar diferentes filosofias sociais, culturais e políticas de grupos no planeta em uma comunidade confortável.

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Mídia


Claremont tem um site com seu nome, onde é possível acompanhar o trabalho do autor, além, é claro, de conhecer mais detalhes de sua história: http://www.chrisclaremont.com/

Claremont já veio ao Brasil , em 2011, durante o Rio Comicon, e também em 2014, numa edição da Anime Friends, que acontece no Campo de Marte, em São Paulo/SP.

É possível também conferir uma entreveista que o escritor participou no programa de TV "The Noite", através do YouTube:



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E aí? Curtiu??

No próximo post dessa série você confere mais nomes que marcaram os Quadrinhos tanto nos desenhos como no roteiro!



Fique ligado!

E até a mais!

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Fontes:

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